A socióloga e escritora paulista Fatima Martin Rodrigues Ferreira Antunes é a mais nova imortal da Academia Brasileira de Letras do Futebol. Fatima foi eleita para ocupar assento na cadeira nº 21, que tem Carlos Drummond de Andrade como patrono, deixada vaga desde o falecimento do escritor gaúcho Luís Fernando Verissimo.
No pleito encerrado ontem, dos 39 votos possíveis, Fatima teve 15 indicações. Também concorreram os escritores Mário Vinícius Carneiro Medeiros (6 votos), Lucas Fernandes (2 votos) e Cássio Augusto Guilherme (1 voto), além de 15 abstenções.
Fatima Martin Rodrigues Ferreira Antunes passa a figurar como segunda mulher a compor o quadro de imortais da Academia Brasileira de Letras do Futebol, que já tem, como ocupante da cadeira nº 7, a professora doutora Maria do Carmo Leite de Oliveira, do Rio de Janeiro, primeira mulher a escrever um livro tendo o futebol como tema.
Fatima Antunes chega para a ABLF com um clássico da literatura do futebol – Com Brasileiro Não Há Quem Possa: futebol e identidade nacional em José Lins do Rêgo, Mário Filho e Nelson Rodrigues (Editora da UNESP, 2004, 301 páginas). Além de escrever vários capítulos em livros do gênero, dentre os quais A influência britânica na formação dos clubes de fábrica em São Paulo (em Futebol e mundos do trabalho no Brasil, de 2021); Lalau no Chile: uma leitura das crônicas de Stanislaw Ponte Preta na Copa de 1962 (em Futebol objeto das ciências humanas, de 2014); Práticas Esportivas e o predomínio do futebol: 1870-1940 (em São Paulo, das tribos indígenas às tribos urbanas, de 2013); e Nelson Rodrigues e a emancipação do homem brasileiro: de vira-latas a moleque genial (em Futebol, espetáculo do século, de 1999).